quarta-feira, 2 de março de 2011

Laços

Tu me desamaste no meio do caminho
Desataste os laços
Desamarraste os elos.
Me desamaste como se nunca houvera me amado
Nem compartilhado teu coração.
Me libertaste
Mas eu continuei na tua mão.
Me desamaste ao sabor dos tempos
Crente que seria melhor solução.
Não foi abandono, nem olvido*
Me desamaste e eu entendo
Que o amor nem sempre é monumento
Destinado a resistir.

Mas com o teu desamor tão repentino
Me deixaste sem dono, sem porvir
Porque tu me soltaste
Mas eu continuo atada a ti.

(Raquel Costa)
*olvido: esquecimento

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