Deixei o primeiro amor no meio da estrada
imenso, pesado, concreto
insuportável
deixei-o e segui viagem
a pé
aos tropeços.
Deixei o outro amor na beira da estrada
volúvel, volúpia estéril
imprestável
carrega-lo seria um erro
deixei-o e segui viagem
a pé
em sossego.
Deixei pequenos amores pelo caminho
frágeis, inúteis, estranhos
superáveis
tê-los seria atar-me
deixei-os e segui viagem.
Deixei o olhar vagar pela estrada
quase ébrio, quase desperto
distraído com a paisagem;
e tropecei num amor inesperado.
Peguei-o e segui viagem
a pé
com ele nos braços.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário
Ola amigos do espaço da poesia! Seu comentário é nosso combustível, agradecemos desde já!! Saudações poéticas!!