terça-feira, 12 de julho de 2011

Coisas

Todas as coisas morrem.
Meu amor foi mais uma coisa que morreu.
Morreu de inanição
subnutrido
raquítico, magrinho
nem combinava mais comigo
que sou cheia de carnes e desejos.

O amor, como qualquer coisa viva, morre.
Nasce prematuro,
antes do tempo,
e cresce lento.
Acho que sempre é meio doente
do corpo e da mente.
Torto, se retarda nos caminhos.

Como coisa viva, só faltou ao amor se reproduzir
deixar algo de si;
faltou envelhecer, amadurecer,
tornar-se sábio.
Faltou ao amor viver mais,
antes de definhar e sucumbir.

O amor é morto.
Viva o amor.

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