segunda-feira, 22 de junho de 2009

POEMA PARA DRUMMOND (Tony Leão)

Drummond, tu que sentaste

naquele banco

naquela a areia

naquela praia

naquele mar

saiba que caminhei noturno em sol de 15 horas

nem sequer tive coragem de pisar à areia

disseste: a pedra é sofrimento, paralítico, eterno

e mais: mas livre, bem livre, é mesmo estar morto

te digo: só posso compreender-te estático, estéril

infértil

nem sequer tive coragem de pisar a mesma areia

que vias, olhando inverso, com teus óculos quebrados

e tua face pétrea-marmórea-chumbo-meditativa...

a dor meu caro – como sabes – manifesta-se quase sempre no

MEDO

Leão da Costa (21/06/09)

0 comentários:

Postar um comentário

Ola amigos do espaço da poesia! Seu comentário é nosso combustível, agradecemos desde já!! Saudações poéticas!!

 

© 2009BALAIO POÉTICO | by TNB