Todos os outros amores
Sombras, gelo
Dispersaram-se, dissolveram-se
- houve um que se fossilizou
Não morreu, nem acabou
Apenas tornou-se pedra.
Todos esses outros
Não resistiram às longas esperas
Sucumbiram ao primeiro não.
Apenas um criou raízes
E as longas estiadas
E as violentas ventanias
E a lenta agonia do talvez
Nada disso o arrancou.
Continuou aqui
Fixo, preso
Me aprisionando.
Apenas um: este, que é por ti.
Raquel Costa
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2 comentários:
Valeu outra vez, Ana,eu tinha perdido esse poema! e não é que ele é bonito e verdadeiro?
De nada. Se eu encontrar mais, postarei com certeza, afinal sempre te disse que devias publica-los.
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