Mede os pecados alheios
Com engenhosa vara de gelo
- ela derreterá antes do fim
E não saberás o tamanho do erro.
Mistura o Bem e o Mal
O ideal e seu contrário
No mesmo funil
-verás que se confundem
Se fundem
E nem tu dirás o que se forma.
Organiza o catálogo dos erros
Como se já os tivesses cometido
-verás então que todo delito
Possui uma explicação.
Para aprender a perdoar é preciso
Que na própria pele tenhas sentido
Todo o peso da contradição:
Quero e não posso
Faço mas não devo
Nego mas desejo
Sinto mas não assumo.
O perdão possui sua áurea regra:
Que atire a primeira pedra
Quem jamais tenha tropeçado
Ou roubado o sorriso de alguém.
De mais, ninguém há que possa
Dizer que nunca fará desacertos
Nem beber a água desta poça.
(Raquel Costa)
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
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2 comentários:
Esta poesia, segundo a própria autora, é dedicada a mim e à minha maneira de sempre julgar as pessoas... Agradeço a homenagem.
(Vou continuar postando as poesias da Raquel, que estavam no meu e-mail, para deleite de todos nós)
Pega fogo cabaré!!!!!!!!! (2)
Mas independente de qualquer coisa esse poema é lindo heim!
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